domingo, 20 de novembro de 2011

Eu vivo assim...

... Solto pelo mundo. Sou feito de liberdade!

Quando estou com você, eu não tenho medo de nada!

Em Berlim, cidade de grandes amigos.

Sade, José de Alencar, Nietzsche, Bataille, Oscar Wilde, Platão, Frida, Caetano Veloso, Clarice L, Portinari, Terry Richardson, Tambaba, Cocks Rings, Balls Stretchers, Manolo Blanik, tanta coisa... Vivo cercado por todos eles, me encorajando a ser como quero.

Amorebas de Sampa - Engraçado, todo mundo diz que São Paulo é a minha cara, mas eu não morro de amores por esta cidade, moro de amores pelos amigos que tenho lá.

Minha mãe! Ela é divertida, e ao mesmo tempo disciplinadora, e sempre foi muito protetora. Meu senso de organização vem todo dela, ela odeia coisas sujas, e fora do lugar.

Meu balanço, meu quintal. Aqui eu reponho as energias, cuido da terra e das plantas, me conecto, recebo os amigos. Tudo devidamente pelado, de corpo e de alma.

Em Paris, minha segunda cidade. O lugar que me ensinou muito sobre arte, sobre grandes escritores, grandes pintores, grandes artistas, e sobre mim. Lá eu consigo andar tranquilamente pelas ruas na madrugada sem ter medo. É maravilhoso flanar por Paris a pé quando as ruas estão quase vazias.

Minha amada Wila! Eu adoro quando ela quebra a barreira da timidez, e sobe na mesa, ela para qualquer lugar. E eu que sou muito mais desibinido, jamais consegueria fazer igual, fico apenas de tiete, embaixo, com a minha adoração.

Livro é igual a sapato, não dá pra emprestar, nunca volta igual, e as vezes nem volta.
Não empresto os meus nem pelo amor de Deus.

Nós

Quando eu era criança, eu sonhava em ter um lustre de cristal, e morar em apartamento, morei por seis anos em um em Fortaleza, e passei por mais cinco em Paris, jamais voltaria a ter este desejo. Mas quanto ao lustre, eu acabo de realizar o meu sonho de infância. As vezes chego em casa cansado, após um dia de ensaio e fico o observando, feito a criança que um dia sonhou.

Gosto muito da minha bunda, ela é robusta e coberta por generosos pelos. Não vejo problema algum em gostar da própria bunda, pra mim é como admitir que gosto dos meus olhos, ou do meu cabelo. Acho que nós somos educados a temer a nós mesmos. Temos medo do próprio corpo, uma bobagem. O corpo é belo como um todo. E não há mal nele, o mal está nas cabecinhas pequenas, com pouco estudo, pouca visão de mundo, e de si. Feita em um hotel em Santa Catarina esta foto não tem pretensão de ser artística.


Vendo o mar engolindo a minha cidade: Fortaleza.

Tenho desenvolvido um gosto por antiguidades, e coisas vintage em geral, na verdade sempre tive queda pelo velho. Meu gramofone, de 1912, ele foi adquirido há poucos meses na beira da praia em Maceió. Ele funciona dando corda na manivela ao lado.

Sou muito exigente com o meu trabalho, quando tenho apresentação, para mim ela começa de manhã quando acordo, passo todo dia centrando a minha energia para aquilo. Gosto de chegar no teatro quatro horas antes, poder habitar aquele lugar. Gosto de chegar e encontrar já tudo pronto, e se chego e as coisas não estão nos devidos lugares, ah, eu fico uma fera. Nesta foto eu esperava para o chão ser limpo, só deitei quando veio alguém. Limpar o chão com a bunda não tá no meu contrato.

Essa foto é uma graça, não sei quem ela é. Mas não pude deixar de pedir para fotografar com ela.

Gosto do Rio, e vou sempre lá. Gosto de ver os garotos e as garotas em Ipanema. Gosto da Farme, do posto 9. Aqui há poucas semanas com a minha cunhada querida.

Odeio ter que fazer massagem nos cabelos, mas se não o fizer, eles caem de tanta química, sempre mexi muito na cabeça, aliso, pinto, decoloro, cacheio de novo, raspo... deixo crescer mais uma vez.

Lendo um artigo que escrevi para a nossa circulação nacional, textinho de quatro páginas, que eu ainda não tive coragem de postar aqui. Mas vai sair, logo logo.

Deixei esta foto com um tom onírico, porque tudo parece mesmo ireal, estas flores, o visual, mas tudo era de verdade, era na rua em Santiago - Chile. Lá existem canteiros lindos nas ruas, e eu podia andar vestido assim sem ninguém mexer comigo. Talvez por isso a imagem não me pareça real .

A Paulicea Desvairada, a Semana de Arte Moderna, o Manifesto Antropofágico, o Manifesto Pau Brasil, Hélio, Lygia, Glauber, Zé Celso, Caetano e Gal, Tarcila. São minhas inspirações. São as coisas e pessoas que me dão orgulho de ser brasileiro.

Ando me preparando para muitas coisas; me preparando para os ganhos e perdas da vida. Cabelos de algodão.

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