terça-feira, 28 de junho de 2011

Queridos, Seja lá quem for vocês aí do outro lado, vou deixa-los com a Madeleine Peyroux, gosto muito de sua linda voz, e adoro essa música! Ando cheio de coisas pra ler, escrever, adoraria poder escrever alguns longos textos sobre algumas coisas que andam me mobilizando, mas tem sido difícil, por isso vou enchendo linguiça postando pequenas "pérolas" que são na verdade "coisinhas" preciosas para mim: minhas borboletas, Wila, meu quintal, músicas, textos soltos de outras pessoas, Lali, o maravilhoso filme que vi, do Woody Allen... Boa noite!


      Lali, Wila, e eu.
     

sábado, 25 de junho de 2011

Eu quero ser um corpo inteiro


Eu sempre duvido do alcançe do meu espaço virtual. Talvez por eu me perceber falando sozinho boa parte do tempo. Mas acho que isso não é verdade, não estou sozinho!
Toda vez que alguém me escreve um email, tenta manter algum contato comigo via msn (pessoas que eu não conheço na maioria das vezes), fico com a certeza de que este espaço é um dos vários que tenho criado como forma de existir, e essa sensação de existir me mobiliza como pessoa. 
O meu blog (um espaço virtual), o meu quintal (um espaço real) são espaços de existência. Até a minha barba e os meus pentelhos são espaços em que afirmo existencia, trata-se de uma afirmação do meu corpo, ele existe (são espaços criados no meu corpo como forma de resistência a estética da "limpeza" herdada dos horríveis anos 90:  a década do medo do sexo, a década da força maior da AIDS).
Constantemente voltamos para os anos 20, 30, 70, 80, na moda, nas artes visuais, são décadas que se tornaram fortes referências do século passado, mas nunca vejo nenhuma área retornar aos anos 90 (foi uma década pobre de idéias, e sobretudo de ideais), ela foi movida por uma necessidade a assepsia e forte negação, vivemos tão intensamente as três décadas anteriores, que os anos 90 só poderiam refletir um imenso arrependimento.
E contudo isso o momento em que as pessoas começaram a voltar os seus sensos estéticos para uma negação do corpo, e fortemente para uma negação do sexo: menos sexo, menos pelos, menos visibilidade da genitália, ela passa a ser cada vez menos permitida, a grande vilã dos tempos modernos. A solução é a tentativa de anula-la ao máximo, como um sexo de manequim de vitrine.
A genitália só não é culpa nas crianças, ainda! Logo o molde estético de maior valor socialmente é o de adultos que parecem crianças (as mulheres frutas, panicats, e afins, falam de forma ingênua ao mesmo tempo que exibem suas bucetas depiladas e suas enormes bundas. Os homens, sobretudo no Nordeste brasileiro, e eu vivo aqui, portanto observo de perto,  exibem suas axilas depiladas, pernas e cus imberbes, como que acompanhados por um desejo de Peter Pan. Não quero dar juízo de valor a isso, dizendo se é bom ou ruim, é só um fato, um recorte da forma como a nossa sociedade lida com o que se relaciona com a sexualidade, e liga o sexo a nudez).
Alguém já reparou que depois dos anos 80, as roupas dos atletas aumentaram de tamanho? Os shorts dos jogadores de futebol e de volley, sem falar em todos os outros esportes de equipe, ah, e também as sungas do nadadores. Toda essa reviravolta, reverberou no comportamento dos meros mortais, de repente todo mundo cresceu as próprias sungas, ou passou a vestir aquele short HORRÍVEL grande, até os joelhos na praia (aquilo deve deixar uma marca de sol no meio do joelho, que deve ser mesmo uma visão do inferno), eu me sinto de frauda quando visto uma sunga grande, quadrada, sem um corte que possa deixar as minhas pernas mais longas. 
Tudo isso culpa da dona culpa, que passamos a carregar pela nudez, pelo prazer e pela sexualidade, e ela reflete no corpo da nossa época,  no corpo da nossa sociedade. Viva a mídia em torno dos produtos de consumo! Viva a igreja!!! Viva a qualquer merda que nos deixe cada vez mais distantes do próprio corpo!!!
Esses dias fui surpreendido com as calças na mão, uma pessoa me perguntou: como você se sente sabendo que gente do mundo inteiro se masturba vendo as suas fotos? Eu fiquei paralizado. Logo em seguida falei: eu me sinto lisonjeado! Eu acho que é maravilhoso emocionar as pessoas (risos).
Eu não vejo problema nenhum com isso, embora eu adoraria se pudessem entender o que há por trás de tudo isso, por trás da imagem exposta do meu corpo. Embora eu acho que a maioria não vai entender nada além disso, não vai mesmo.
Boa parte das pessoas nunca entenderia a obra do Marquês de Sade, outro dia eu assisti em Porto Alegre um trabalho de teatro de outra cidade, inspirado em sua obra, um desastre, não dá pra falar do Sade fingindo o gozo (comprei um livro de contos dele, sei que ele não era péssimo como aquele espetáculo:  que ousa ser parte de uma trilogia), assim como não consigo afetar tantas pessoas sem uma boa carga de exposição.


Como vou falar de despudor, se tiver pudor? Como vou falar de relação com a nudez, se eu só conseguir me relacionar com ela criando espaços propícios em teatros para platéias de 60, 400 pessoas? Não, não, é preciso ir além, sempre, sempre, e isso daqui é um grande veículo pra me fazer ouvido. Sei que uma vez postado aqui não é mais só meu, perco de fato o crontrole da coisa, mas sei também que tive tempo o suficiente na vida para ponderar o peso da exposição, e sobretudo o peso das minhas escolhas. É uma escolha! De vida! E eu adoro ficar nu!
Estar nu é uma condição humana, como estar vestido, não deve ser um problema, é só isso que precisa ser entendido, não há problema com a nudez, nem com a sexualidade, nem no fato de vive-la e poder tratar dela como algo importante na vida (gente eu estou parecendo um sexólogo, risos de novo).
Alguém se questiona se há algum problema no fato das pessoas permanecerem vestidas? Pra mim isso parece muito doentio, não há opção, você permanece vestido, ou vestido, e acabou!


EU QUERO SER UM CORPO INTEIRO!


Minha nudez, minha forma de se vestir... tudo é espaço criado pela necessidade de existir.
Vou vivendo sem pedir permissão, criando forma e potência a medida em que vivo como penso.


ExistiR-esistir.




sexta-feira, 24 de junho de 2011




"...vem viver comigo,vem me experimentar, me experimenta! Solte as coisas lindas que te ardem, me traz você sem texto, sem cinema, não faz do sexo um problema. Eu armo uma cena, é, eu armo uma cena! Quebro garrafa, morro de chorar, mas ainda te faço dar..."



quinta-feira, 23 de junho de 2011


Louco pra assistir o novo filme do Woody Allen.
Um amigo já viu, e disse que é a minha cara.
O filme se passa em Paris. E eu amo Paris,
tb amo o trabalho do Woody Allen.




terça-feira, 21 de junho de 2011








Acordo, abro a porta da cozinha, vou até o quintal, e elas já estão lá.
Como não teria um bom dia?


segunda-feira, 20 de junho de 2011


Mesmo com toda a felicidade que em mim possa existir.
Há sempre um espaço impossível de ser preenchido, um espaço vazio
que só é ocupado quando você enfim chega.




Ouvindo Roxette no Bar do Feijão Verde - Fortaleza - Dez/ 2008

Eu sofria vestido com o meu casaco militar e portando unhas vermelhas.

Sobre a febre da marcha


Eu andei acompanhando, em silêncio, esses dias toda a articulação feita via internet a respeito de algumas marchas em Fortaleza; “Marcha das Vadias”, “Marcha da Liberdade”, marcha disso e marcha daquilo, é tanta marcha! Tem até “Marcha de Jesus”, pasmem!
E eu fiquei com a sensação de ser justo a criança que “vê que o rei estar nu”. É verdade, me senti assim. Tudo isso me pareceu tanto desperdício de energia, e pior energia de gente inteligente, intelectuais da minha cidade, gente de Deleuze, Foucault-nianos, Guattari-nianos, e todos os “nianos” que o direito reserva.
Difícil pensar que tudo isso leva a algum lugar, também tenho minhas dúvidas de onde as paradas gays nos levam, já fui a muitas, e depois deixei de ir, haviam mais ladrões, e homofóbicos se divertindo com a franga solta alheia em espaço e momento criados para a reivindicação, do que a reivindicação propriamente dita. Os mais otimistas, vão dizer: Fauller, que injusto as paradas servem sim, caminhamos! E eu responderei: poderíamos ter caminhado mais, se todos tivessem mínimo de noção, e posicionamento político, noção política não é tudo.
Confundem marcha, passeata, caminhada, parada, com porra louquice.
Que tal criarmos a “Marcha da imbecilidade”?
A marcha é uma febre brasileira, e como toda febre, arde, queima e passa.
Podem me convidar, que eu não vou! Não vou mesmo!!!
Eu não quero mais liberdade que já tenho, já faço o que quero, e quando bem entendo. Eu quero respeito, e isso é tudo. Não preciso de um rebanho para viver a minha vida como quero, minha liberdade é o meu pensamento.
Tudo isso me faz levar ao nada prestigioso episodio do espetáculo do igualmente nada prestigioso francês Boris Charmatz na ocasião da Bienal Internacional de Dança do Ceará em 2007. Ele apresentou seu show de estupidez, batizado Gala. Em um determinado momento, eu comecei a me sentir bastante incomodado com o trabalho, sobretudo com o discurso de Boris em cena: eu vim ao Ceará porque eu adoro esse lugar, eu não tinha nada especifico para apresentar, mas eu queria vir, ficar na praia e beber água de côco... as pérolas foram indo de mal a pior, ele conseguia piorar a cada minuto que passava, um desaforo! Quando enfim saí, vi que boa parte dos formadores de opinião, curadores de outros festivais (incluindo fora do Brasil), e renomados críticos de dança, já estavam lá fora, enfurecidos. Resolvemos todos entrar e vaiá-lo no momento do agradecimento. Ao ouvirmos as palmas, adentramos com tudo no teatro, e aos berros vaiamos, vaiamos muito, o mandamos voltar a Paris. Foi algo extremamente forte e político, e teria tido potencia maior, se todos que se prontificaram tivessem entrado no teatro de fato.
O que aconteceu? Quando olhei para trás em meio aos berros, estávamos apenas eu, Clarice Lima e Breno Caetano, os demais apenas gritavam de longe, na segurança da distância, sob a penumbra da bancada. Estavam indignados, mas não queriam tomar posição mais arriscada. Aquilo de fato foi assustador para eles, talvez até demais, vai saber.
Eu e Clarice fomos até lá na cara dele, talvez por termos morado na Europa, e saber como as coisas acontecem lá, sobretudo em Paris (a platéia se manifesta, levantando e batendo os assentos das cadeiras, se não gosta do espetáculo, uma vez subiram no palco e quebraram o braço de Matilde Mounier), e Breno nos acompanhou porque é jovem demais e destemido.
No outro dia, no debate, cara a cara com Boris, e levando a fama de barraqueiro, insensível, estava eu, infelizmente apenas eu, ninguém que gritou foi ao debate. Ao final de tudo, eu e Boris conversamos no pátio do teatro, ele tentou se justificar, e perguntou se eu falava inglês, eu o respondi: sim, mas falo melhor francês, pode falar, eu vou entender.
Eu acredito, que ele seguiu para as outras cidades brasileiras com um pouco mais de cuidado, ainda teria que passar pelo Rio e Belo Horizonte. Penso também no papel importante da Bienal na formação política da nossa platéia de dança, tamanha reação nunca seria possível há doze anos atrás. Vimos muito, por isso podemos pensar sobre o que vemos.
E é bom mesmo pensar o peso que pode ter a minha presença em uma marcha, não quero eu, mais levar uma cambada nas costas, e no final me fuder sozinho!


sábado, 18 de junho de 2011

Árvore da esperança, mantenha-se firme (F.K).















                                                 Wilemara Barros vive Frida Kahlo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

São 15:47 da tarde Wila esta no quarto se maquiando e se preparando, vou fotografa-la de Frida Kahlo em poucos minutos, quando o sol começar a cair. Wila tem um rosto extremamente anguloso, muito especial, e ela tem uma capacidade incrível de se transformar em outras mulheres: as vezes lembra Maria Callas, outras Greta Garbo, e em outras ainda lembra Frida.
Ela acabou de ficar pronta, apareceu aqui na sala, estar incrível! Eu espero fazer fotos lindas, e poder captar toda a luz que emana dos seus olhos.
Amo fotografar minha mulher, e amo fotografar no final da tarde, quando finalmente a luz se rende a beleza das cores das bouganvilles (que nesse período, gritam em cores: laranja, rosa choque e lilás), dos ciprestes, e dos jasmins que habitam o nosso quintal.



Porto Alegre















Há poucos dias eu sentenciei no facebook: as cidades são as pessoas, e vice-versa. Em Porto Alegre, uma bela e fria cidade!
É claro que isso foi uma provocação e que realmente não traduz o que penso sobre POA, ou sobre todas as cidades frias que conheço. Fortaleza é uma cidade bem quente, e, no entanto quantas vezes torna-se uma cidade pouco acolhedora. Muitas vezes, afirmo, eu vivo aqui, posso falar isso!
Provoquei pelo simples fato de termos sido mal recebidos logo de cara, uma pessoa nada simpática foi nos receber no aeroporto, foi falta de química logo no aperto de mãos, e daí até o fim nada mudou, pelo menos para todos nós.
Me sinto mesmo cansado de ter que provar as pessoas que eu não ando de chapéu de couro e gibão, ou com uma cuia com água na cintura. Parece-me que isso é tudo que esperam de mim, PUTA QUE PARIU!!!!!! De agora em diante não vou ser simpático com ninguém que me receber mal, não sou simpático, não sou bem humorado, não me visto de roupas coloridas só porque sou do Nordeste.
Para todos nós o que ficou além de ter apresentado um espetáculo impecavelmente técnico (é muito ruim ter a sensação de que você enquanto artista não merece determinada platéia, mas pior que isso é ter a sensação que a platéia não merece o seu trabalho, isso sim é bem pior!), foi a falta de curiosidade e interesse com que fomos recebidos.
Recepção fria, debate estranho, com poucas perguntas, colocações frágeis e perguntas idem, pouca informação sobre o outro lado. No meio da conversa pública alguém perguntou como era a cena de dança em PERNAMBUCO! Respondemos: somos CEARENSES! Não sabemos como é a cena de dança de Pernambuco, mas o Ceará é hoje um dos grandes centros da dança no Brasil, tanto nos interiores, como em Fortaleza, que hoje faz junto com Belo Horizonte, Rio e Recife, os festivais de dança mais importantes do Brasil.
Concluí: é por viver em Fortaleza, que penso que sobrevivi até hoje fazendo dança. Por viver em uma cidade que tem criado junto com o meu esforço, perspectivas para a minha área de trabalho.
Eu não preciso dizer que a pessoa que nos recebeu mudou da água para o vinho depois do espetáculo, de ouvir a nossa fala, e de nos ver produzidos para cair na noite Gaúcha, veja só! Mas  aquelas alturas, já não havia espaço para cordialidades, ou algo  espontâneo. Coube-nos apenas a educação necessária.
Fora ao ambiente frio de trabalho, e a impossibilidade de andar de taxi sem ser roubado pelos taxistas “espertinhos”, Porto Alegre se mostrou bela, com pessoas belíssimas e amáveis nas ruas, nas lojas, na feirinha. E isso nos tirou bastante a péssima impressão da cidade.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

x x x




Hoje eu vivi


Hoje eu desmarquei uma reunião com a minha produtora;
Hoje eu pensei em escrever um email desaforado para um bailarino que trabalha comigo, e deixei o assunto pra falar depois, olhando nos olhos;
Hoje eu poderia ter comprado uma TV de plasma, ou algo incrível para a minha casa, mas eu usei o meu dinheiro comprando um piso bacana para a sala de dança em que eu trabalho, fiquei sem um puto, mas me senti tão feliz em ter podido usar o dinheiro dessa forma;
Hoje eu lembrei de algumas pessoas, escrevi para outras, e deixei de escrever para tantas outras que gostaria;
Eu esperei mais uma vez o email que não chegou;
Esqueci o telefone que nunca toca, e que só recebe mensagem da OI, falando que meus créditos vão expirar;
Hoje eu falei 14 min e 34 segundos com o Daniel Pizamiglio com este mesmo celular que só recebe mensagens da operadora. Nós conversamos sobre trabalho, amores, Patti Smith e Robert Mapplethorpe, falamos sobre criar mundos! E nesse meio tempo, eu tive tempo de pensar sobre a passagem do nosso tempo, tempo em que íamos à praia juntos conversar olhando o mar;
Hoje eu fiquei chocado com a possível força do meu pensamento: tava pensando na Thereza Rocha, e quando abro horas depois o meu facebook, havia um recado dela no mesmo horário em que estava pensando, foi algo desconcertante;
Hoje eu vi o eclipse da lua quando mesmo esperava, o próximo será só em 2015;
Hoje dentro do ônibus eu fiquei observando as pessoas, os estudantes sobretudo, e fiquei pensando em como eles são desinteressantes, fiquei pensando em como os jovens da minha cidade são pobres de espírito e de atitudes. Mas lembrei depois de quantos amigos jovens eu tenho, incluindo alguns de 18 anos com cabeças incríveis, maduras...

Aí eu li no meu facebook um recado de um jovem garoto de 18 anos, ele me dizia mais ou menos assim: não deixei de ir ao seu blog, leio você sempre, leio tudo, acompanhado tudinho... E foi o recado desse “menino” que me fez vir aqui mesmo com sono, escrever esse texto.

(na verdade escrito ontem, e só postado hoje).

quarta-feira, 15 de junho de 2011



         Vou fazer uma performance que vai durar o tempo da vida.



                           Santiago / Chile - Inverno 2010


terça-feira, 14 de junho de 2011

Venho por aqui praticamente todos os dias, não abandonei este espaço por completo, apenas ando me sentindo um pouco estranho, querendo não falar muito, isso me tem acontecido também na vida real. Uma vontade de permanecer só, de ficar horas olhando o tempo passar. Mas eu vivo de correria, e nem sempre é possível admirar a vida, tanta coisa para escrever, ler, assistir. Durmo pouco, a impressão que tenho é que durmo cada vez menos, e pior, acordo cedo já preocupado com um monte de tarefas que me esperam. 

Hoje eu levantei as dez horas de manhã, nunca faço isso, meu senso de responsabilidade não me permite, e as vezes ele é cruel comigo mesmo. Mas eu já havia acordado as seis da manhã, dormi mal mais uma vez, ando muito tenso, com dor na coluna e no pescoço, e o pior de tudo é não saber o porque da minha tensão, apenas não consigo relaxar. Engraçado, semana passada eu andava tao tristonho pelos cantos da casa, estava gripado e sem poder andar direito (tudo culpa da pouca endorfina no corpo), já voltei meio estranho de Porto Alegre, aquela cidade foi mesmo bem estranha, e daí começei a sentir muita falta de alguém que já é bem conhecido de quem me lê.
Pois é, matei a saudade, de repente, ele veio em forma de email, depois de telefonema, depois ao vivo. E como isso me faz bem, uma simples presença de alguém que não consigo excluir, substituir. Sabem o que significa isso? Sabem o que significa amar alguém mesmo quando esse mesmo não é sempre digno de ser amado?
Honestamente, tenho pensado em não me expor mais dessa forma, falando de quem amo, pra mim isso é muito mais íntimo que as centenas de fotos mostrando o pau e bunda que tenho aqui. Acho que também não quero expo-lo, ou expor a mulher que amo, eles são muito preciosos. Aí fico nesse dilema, compartilhar ou não, eu não quero me expor, mas eu amo a exposição, amo a ribalta, amo os holofotes, não nego!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Hoje eu ouvi Adele o dia inteiro, muita coisa boa dela. Fiquem com essa, e tentem dormir, se for possível!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

voCÊ...



Hoje eu vi uma série de fotografias tuas entrando no mar, e confesso que isso me desacelerou, meio que parou o meu tempo. Eu que venho de tanta correria, de uma cidade atrás da outra, de tanta vontade de escrever sobre mil coisas, só encontrei motivos em poucas linhas sobre a tua imagem - meu homem do mar.
E desde que a maldita depressão se foi eu não havia me sentido visitado pela tristeza como nesta tarde vazia.
Nestas horas tudo perde o sentido pra mim. A vida passa em vão, e tudo em volta se firma como mera distração. Salve o meu amor por Wila, razão ainda da minha existência.