terça-feira, 27 de setembro de 2011


Santo Agostinho disse certa vez que a espera vivi sempre ao lado da raiva e da esperança.
A raiva é por não se ter o que se espera, e a esperança é para que um dia a coisa chegue,
e a espera tenha fim.


E agora como se não bastasse ter o meu coração, copia todas as minhas fotos e leva consigo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

domingo, 25 de setembro de 2011






Eu, Lali, e Wila

(sem produção, sem maquiagem, sem os nossos cabelos maravilhosos, aqui apenas o senhor tempo imprime alguma coisa sobre nossas peles).

Não há em mim entendimento de felicidade maior que essa
 que me toma quando estou com esses dois seres. 



em 2011/09/23


quinta-feira, 22 de setembro de 2011





Com o amigo e artista multimídia cearense Yuri Yamamoto,
pessoa por quem nutro uma profunda admiração.
O Yuri é daquelas pessoas que faz um monte de coisas, e faz tudo bem, ele atua,
dirige, desenha maravilhosamente, faz figurinos incríveis, faz cenários, e ainda escreve.
Logo abaixo, um pequeno e lindo vídeo que ele fez há tempos inspirado em mim, eu amei!
E ele ainda teve a coragem de dizer que ficou envergonhado de me mostrar, achava que o
vídeo não era grande coisa.
Acho de uma extrema delicadeza!





Vivemos um tempo áspero e ruidoso. É preciso manter-se tranquilo e atento. Alimentar-se de curiosidade mesmo depois de tantos anos lidando com a "coisa".


Falar francês, ou ter algo no corpo? Eis a nova questão da dança do Ceará




Acho massa falar francês, adoro falar o idioma de Racine, mas acho massa também o cuidado de colocar algo técnico no corpo. Tudo bem, vivemos em uma cidade em que o pensamento da dança muitas vezes se faz de forma Deleuziana, mas isso não significa que falar francês torne alguém apto a dançar!
Falar outra língua não deve ser mais importante do que saber se mover, quando falamos em dança, ou deve e eu não sei?!?!
Falar outra língua é importante pra qualquer pessoa, não só pra quem dança! Que fique claro.
Olhem bem!!! Se é para lhe dar com questões neo-colonizadoras, fica o conselho: os caras lá de fora gostam de quem sabe se mover muito bem, de gente "bonita", e de gente inteligente (inteligente leia-se: com opinião). Coisa que ainda falta muito na "nova terra de Deleuze".
Enfim, de repente, isso seja apenas um tiro no meu próprio pé, os caras querem vir aqui, então hoje isso já virou moeda de troca, todo mundo quer vir no Ceará (vê a tal efervescência da dança do Ceará), então tudo deve exigir menos mesmo, e tá tudo bem, eles querem vir, nós queremos ir. Façamos disso pura antropofagia, e não pura servidão. 

Vou "aloprar" de vez o meu comentário, citando Nietzsche: os homens se dividem em dois grupos "senhores" e "escravos". Cabe a você a decisão do que ser. 



Conversando com os alunos da turma de direito da Faculdade UNIRON (Rondônia) em uma aula de filosofia.
No decorrer da aula conversamos sobre estética, política e processos criativos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011



Hoje fui tomado por um sentimento de raiva arrebatador.
Se não me bastasse essa certa dor de saudade, tive um dos meus dedos esfolado na porta do taxi, quando ia almoçar.
Um misto de dor física e de raiva. Juntou tudo, veio a tona a fragilidade que eu contia dentro de mim, o desespero de não ter comigo o homem que quero + o fato de ter que me apresentar amanhã machucado. Ando cansado de ser paciente, cansado de tanta espera, são quase quatro anos, é normal que bata um desespero de vez em quando, sou humano (Santo Agostinho falou certa vez que a espera sempre vinha acompanhada de raiva e esperança, agora eu entendo, pois a raiva veio enfim a tona, e a esperança é algo mesmo que faz parte da minha pessoa).
Perguntei a Deus se ele esqueceu de mim, e ele me respondeu, me enviando um email, estava escrito em nome do homem amado.
Que coisa louca isso, não é! Justo hoje ele me escreveu de forma carinhosa, quase o senti me colocando em seu colo, e acariciando os meus cabelos.




quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Faltam quatro dias para o fim da turnê, apenas mais três apresentações em duas cidades, e voltarei para casa.
Preciso dizer que estamos todos no limite do cansaço físico e psicologico. Foram mais de trinta apresentações em um espaço de menos de dois meses, somando-se a curadores e programadores que passam longe de saber o que de fato é curadoria, e somando-se ainda as mudanças de ultima hora das empresas áereas, viagens que poderiam durar três horas, duram um dia inteiro. Ontem tinhamos um voo de Porto Velho para Campo Grande, levaria três horas: saíriamos as 15:45h e chegariamos as 19 e pouco, mudou tudo de ultima hora, chegamos umas quatro da manhã em nosso destino. Um desaforo! Uma falta de respeito sem fim!!!
Outro dia fiz valer a minha indignação e joguei um vaso (primeiro objeto que vi) nos funcionários da TAM, foi cinematográfico, uma vez que foi filmado todo o aeroporto e o próprio balcão da TAM parados me olhando aos gritos, perplexos sem saber o que fazer, uma bricadeira que custou quase mil real de taxi para esta empresa de quinta. A mim custou o bom humor, e o bom senso, mas perder a razão de vez em quando é algo que sugiro, faz com que olhem pra você de alguma forma. Quem disse quero ser sensato vinte quatro horas?
A Cia. Dita passou por muitas cidades, a maioria mesmo foi incrível, tantas trocas, tantas pessoas bacanas pra querer rever, tocar de novo, e ser tocado por elas, inclusive alguns curadores e programadores.

Um grande pesar; não ter apresentado o De-vir e o INC. em Porto Velho, o lugar não tinha a menor condição, mas fariamos de qualquer forma, estavamos maquiados e aquecidos no palco, prestes a entrar em cena, mas por um gesto de imposição da curadoria, por um gesto de insensibilidade da curadoria (que durante o dia inteiro só apareceu para dizer vamos abrir o teatro) não fizemos, nos retiramos do palco sem pestanejar.
Não sou alguém que lida bem com desrespeito, não fui dançar na esquina, então meu bem: foda-se!!! Adapto qualquer coisa, menos ser desrespeitado, ou tratado como um moleque de 15 anos. 

Hoje teremos espetáculo em Campo Grande, e no fim de semana em Cuiabá (cidade que nos recebe tão bem), as expectativas são as melhores!!!

Que tudo devenha. Devirando!  



quarta-feira, 14 de setembro de 2011



É por isso que a montanha tem ciumes, quanto o vento leva a chuva pra dançar...                          

terça-feira, 13 de setembro de 2011


Pra matar um pouco a saudade de casa, a saudade do amor que vive na beira do mar ;
pra mexer o esqueleto e pensar em um dia de sol, desses dias de domingo em que se
tem preguiça na cama e não se pensa em nada.




domingo, 11 de setembro de 2011


11 de setembro - um dia para pensarmos sobre  o tamanho do nosso ego, 
e sobre o tamanho da nossa frágil condição de mortais. 
Um império inteiro pode virá pó em poucos segundos (penso também em como toda e qualquer estrutura de poder pode tornar-se frágil). 
Sigamos um pouco mais humanos. Refletimos!


sexta-feira, 9 de setembro de 2011


Parece mesmo que o Rio não gosta de mim.
É incrível como os problemas só aparecem aqui,
maior ou menor, a merda é sempre aqui.
Depois de tantas cidades, tenho um problema
que foge ao meu controle.

Não vejo a hora de sair dessa cidade.

...e agora ninguém vai me impor o que quer que seja, não aqui nesta cidade.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


Chegando de mais uma apresentação do De-vir, da turnê da minha companhia pelo Palco Giratório.
Nunca senti tanta falta da minha casa como nesses últimos dias, sinto falta das minhas plantas, do Lairton, e da minha mãe. Incrível como não consigo sentir falta da minha cidade, não tenho de fato uma grande ligação de amor com Fortaleza, apenas penso na minha casa, nada mais.
Amanhã sigo para Florianópolis, a essas alturas já passamos por Recife, Cuiabá, Porto Alegre, Vitória, São Paulo, Curitiba, Petrolina, Macéio, Belém, Uberlândia, Belo Horizonte, Joinville, neste momento estou em Jaraguá (interior de Santa Catarina), ainda temos muitas cidades pela frente.
Nós temos encontrado pessoas incríveis por todos estes lugares, acho mesmo que a melhor coisa dessa circulação são as possíbilidades de encontros, de afetos. Quando chegamos em algumas cidades em que isto não acontece, saímos esvasiados, como se não tivesse havido motivo para passar alí. Felizmente foram duas ou três cidades no máximo, em que não tivemos nada em especial para trocarmos, geralmente as platéias são calorosas, recebem bem o trabalho. Acredito que o De-vir coloca uma lupa na frente das pessoas, para que elas vejam melhor, ou melhor, prefiro pensar em um espelho, pois preciso pensar que elas possam vê a si mesmas.
Eu tenho pensado muito nos rumos que o meu trabakho anda tomando, me parece um caminho sem volta, e acho que as pessoas em volta também já perceberam isto, elas me permitem falar sobre... elas desejam que eu fale, talvez por eu falar sem rodeios, com bastante honestidade.
Tenho escrito pouco, e me encomodo bastante com isso, apenas me mantenho atento ao tempo das coisas, e alimentando, e corrigindo o meu texto do pensamento giratório: A Nudez como Proposição Estética e Política. No momento, é um texto de quatro páginas, reescrevo e reescrevo sempre que tenho um novo debate, os meninos dizem que estar cada vez maior, preciso parar, e começar a escrita dos anexos. Quem sabe vire um livro, rsrs, vou posta-lo assim que fizer todas as devidas correções.
Mas no fundo tudo tem alimentado o material que ando produzindo para o novo trabalho da companhia, tenho me alimentado da criação de muitas imagens, ainda estão todas muito soltas, só posso começar a dar cara quando voltar a sala de aula em Fortaleza, mas adianto, vou fundo, sem dó nem piedade, e os pudicos que passem longe, porque vou me dar liberdade pra criar o que bem queira, vou considerar apenas o meu desejo em fazer a coisa como ela tem de ser feita.
Gosto disso, de não me importar com as críticas, claro que penso nelas, mas quanto menos me importo, mais chance tenho de fazer como tem de ser feito.
Crio melhor quando não penso na curadoria, embora não faço nada sozinho, eu me alimento da inteligência dos meus críticos.

Ah, comprei três livrinhos antes de ontem, estava há tempos querendo-os:

Além do Bem e do Mal - Nietzsche;
O Banquete - Platão;
Manual do Líder - Napoleão Bonaparte.