domingo, 28 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pérolas, champanhe e jazz







Era tão fácil viver antes de te conhecer!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

As músicas eu que escuto não tocam na rádio

Everybody Shake it - Breno Barreto e Alex Marie, essa música deles com certeza vai ser a música do reveillon em Canoa Quebrada. Então tira a bunda da cadeira e dança!
Hoje eu amanhecí com o cão nos "couro", me sinto feliz, confuso, e vazio ao mesmo tempo, é uma sensação dilacerante. Vontade de sair e nem sei o quê.
Ontem cheguei de Manaus, foi uma viagem muito agradável, gosto daquela cidade, acho as pessoas bonitas e a cidade é acolhedora. Passei o dia dormindo, e no ínicio da noite uma coisa muito estranha aconteceu na minha casa.
Estava no pc quando um cara bateu no meu portão dizendo que precisava fazer uma entrevista comigo, ele era do IBGE, mas eu fiquei um pouco desconfiado porque já era 19h então fui com cuidado ao portão, não o abri, e começei a responder suas perguntas ali mesmo, ele me informou que já havia ido varias vezes na minha casa e estava sempre fechada, falei que estava viajando, e ele entendeu. No decorrer da entrevista percebi que ele não era um marginal, rs, e o convidei para entrar, ele agradeceu e aceitou, sentamos na área, e ele continuou, no meio da entrevista ele precisava de uma informação a respeito da minha mulher, a chamei e ela logo veio, contiunamos os três, a entrevista acabou e continuamos conversando...conversa vai, conversa vem, e nós não paravamos, de repente comecei a ficar bastante incomodado, ele era bonito, ingenuo, jovem demais, e inteligente demais, mas não era nada disso que me incomodava de fato, sabia que minha wila também estava atraída, sabemos um do outro só pela respiração.
Na verdade ele se parecia demais com o nosso cara, a forma de falar, de sorrir, e até o nome da namorada dele era Isabela, nossa eu fiquei meio atraído, meio deprimido, vendo aquele cara na minha frente falando toda a vida dele pra gente, se abrindo. Eu ficava pensando o que estava se passando pela cabeça da Wila. Ficamos conversamos durante umas quatro horas sem parar, parecia que ele ia acabar na nossa cama, até que ele enfim decidiu ir embora por volta das 23h, acho que se eu o convidasse para dormir na minha casa ele aceitaria. Não pegamos telefone, endereço, nada, ele apenas disse que depois voltaria para nos visitar. Ficamos totalmente chocados com ele, nos entreolhamos  e nos perguntamos: você viu? Nos respondemos: sim, ele é idêntico ao .....
Nossa, será que nós dois estamos projetando a imagem dessa criatura em outras pessoas? Que triste isso.
Hoje acordei mais uma vez disposto a esquecê-lo, gostaria de varre-lo da minha vida, mas eu não sei como, eu só espero poder fazer isso um dia, e que seja em breve. Quando isso for possível não haverá volta, nem seremos sequer amigos, pois nem um bom amigo ele consegue ser.
Acho que alguém me fez uma macumba pra eu amar tanto assim, só pode ser isso, e ele é certamente um demônio na minha vida...que precisa ser exorcizado, senão eu posso enlouquecer, me conheço bem.

Em mim cabe tanta dor e tanto contentamento, mas nem toda a felicidade que em mim possa haver nesse momento pode ser grande perto da que seria se você estivesse em nossas vidas.

Acordei com vontade de tomar uma "heineken", com vontade de mandar um príncipe que virou chato, as favas.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tudo que é vivo tem sua energia



Estou aqui no alpendre da minha casa, é fim de tarde, e um vento gostoso corre entre as árvores dos quintais vizinhos, o céu, antes de um azul escarlate, agora transita do rosa ao vermelho, passando pelo púrpura, é incrível a cor do céu nessa terra, ainda fico boquiaberta.
Em poucos dias estarei terminando o ano da Cia. Dita na cidade de Manaus, serão provavelmente as duas últimas apresentações da companhia em 2010, ano incrível de trabalho e de grandes realizações, mesmo assim, ainda me sinto o tempo todo muito inquieto, achando que eu poderia ter ido mais, e questionando o trabalho sempre, acho que nunca vou me dar por satisfeito.
Fico feliz de ir apresentar um antigo trabalho, uma performance-instalação, algo bem diferente do que tenho feito nos últimos meses. Sei que ela será bem importante para que eu e Wila possamos nos focar no trabalho que começa a ser pensado dentro da Dita.
Essa é a primeira vez que viajo depois que mudei de casa, e confesso que estou um pouco apreensivo com o fato de deixar as minhas plantas nos cuidados de outra pessoa, acho que é como deixar um filho pela primeira vez antes de voltar ao trabalho depois da licença maternidade. Elas ainda estão se adaptando ao novo lar, antes viviam em um lugar alto com muito sol, e agora muitas delas na terra com menos luz, e outras ainda precisam de bastante cuidado, quase psicológico, sou quase um psicólogo de plantas, amo minhas plantas como acredito que Frida amava os seus macacos e seus outros bichos de estimação, não se trata de um hobby, mas sim de um pouco do que eu sou. Raramente converso com elas, não sei fazer isso, o meu amor é muito silencioso, eu apenas as toco com atenção e carinho, e elas entendem quem está por perto.
Gosto dos fins de tardes no meu quintal, tiro a roupa, me conecto com esse espaço, com silêncio, com água que rego, e fujo um pouco do caos lá de fora.
Wila diz que eu preciso de um pouco de mato e de um pouco de concreto pra ser feliz, que eu não viveria muito tempo numa selva de pedra, nem muito tempo em uma serra, ou em uma praia pouco habitada. Ela tem razão!
Eu acredito muito na energia das coisas vivas, e sobretudo na minha energia, todos os dias é preciso cuidar um pouco dela, é muito fácil deixá-la nebulosa nesse mundo em que vivemos.

Tanto eu quanto Wila somos bastante sensíveis a isso, se alguém chega perto com uma coisa que não é boa, a gente sente de imediato, até uma casa em que entramos, se não tem uma boa energia rapidamente captamos. É assim com os desconhecidos, com os amigos, e com os pseudo-amigos também, capto no ar, basta está no mesmo ambiente, algumas vezes consigo sentir a energia de uma pessoa quando ela silencia, ou quando está distante, e ainda quando estar virada de costas na minha direção no meio de um monte de gente.
Isso que falo parece loucura? Acredito que não.
Final de semana de apresentações, e a minha energia já se encontra totalmente voltada pra isso, quando o meu corpo chegar em Manaus o meu espírito já terá chegado antes a procura do lugar que vou habitar por algumas horas.




domingo, 14 de novembro de 2010

Sobre a violência da delicadeza


Semana passada entrei em um ônibus no início da noite, e de cara vi todo mundo com um incomodo no rosto por alguém que estava perto da porta, olhei rápido como quem não quer nada, e logo fui influenciado pelo pânico das pessoas, vi um cara mal encarado, e rapidamente pensei: ele deve estar querendo sair correndo pela porta de trás, ou roubar alguém. Tive o cuidado de colocar a mochila na frente discretamente e passei a catraca imediatamente. Fiquei em pé na porta do meio do coletivo, e logo o cara passou também a catraca, ao fazer isso ele se anunciou, e para a minha surpresa e de todos os presentes, caiu de sua boca palavras de uma delicadeza cortante, ele era um vendedor de balas de gengibre, falou dos componentes do produto e de seus benefícios pra saúde, mas o pior de tudo é que ele o fazia de forma que deixou a todos petrificados, acho que como eu ninguém ouvia mais o barulho do transito, ou via o que estava em volta, seus olhos verdes profundamente tristes e humildes contrastavam com a sua pele negra, escurecida ainda mais pela exposição ao sol.
Ao final ele agradeceu a atenção, certo de que teria a continuidade do seu trabalho (palavras dele, dessa forma). Não demorou muito para todos os seus saquinhos de balas sumir, todos compraram.
É claro que não foi o valor medicinal do produto, mas sim a forma como o rapaz conseguiu tocar a todos nós. Fiquei o observando, acho que teria medo de cruzar sozinho com ele em uma rua deserta, mas naquele momento eu tive uma imensa curiosidade de saber quem ele era, o nome dele... já se aproximava da minha parada, dei sinal e junto comigo ele desceu, continuei o observando até ele desaparecer na praça.
Confesso a vontade de falar com ele, e talvez agradecê-lo, sim um agradecimento ou um pedido de desculpas era o mínimo a ser feito pelo fato de tê-lo julgado (mas como dizia Oscar Wilde: só os superficiais não julgam pelas aparências).
No caminho de casa, e nos dias que se seguiram, fiquei pensando em como a delicadeza da vida pode brotar onde mesmo se espera, e como nós ditos “seres civilizados” estamos embrutecidos, e tememos o que é de fato delicado, mesmo nós que pensamos ser mais sensíveis dentro dessa sociedade doente. Talvez por isso eu tenha tido tanta dificuldade em chegar até o rapaz.
Tenho pensado muito sobre como me relaciono com o mundo.



Pra acompanhar esse texto sobre o "delicado da vida", posto algumas fotos do meu amigo-querido-irmão Breno Caetano (bailarino e circense).
Atualmente está na França, fazendo escola nacional de circo - CNAC
Saudade das nossas conversas sobre política, sobre os nossos amores, saudade das noitadas e de chegar de manhã enlouquecidos, rs, saudade.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Rio 2010

          Cia. Dita no Festival Teatro na Contra Mão, agosto de 2010


Para o querido Marcio Nicolau.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Arquitetura do desejo - 01 (testículos grandes)

Demorei quase toda semana para enfim  iniciar os meus posts prometidos, desculpem- me, ando sempre tão ocupado, e essa semana foi daquelas, também fiquei separando as imagens que gostaria que compartilhar.
Pois bem, o primeiro assunto em questão são os “testículos de touro”.
Sempre me chamou atenção homens que andam sem cueca, sobretudo quando se forma um delicioso volume entre as suas pernas, acho que Almodovar também gosta disso, tanto que em um de seus filmes, eu não lembro o nome, ele faz seus primeiros takes focando as partes baixas dos homens que passam na rua, isso se dá sob um anglo de visão de uma personagem bem safada.
Lembro de que quando criança me fascinava com homens de sungas recheadas e mulheres de seios fartos, mas quanto às mulheres será assunto para outro post.
Quando enfim, fiquei adolescente, passei a não usar mais cueca, e até hoje uso raramente, nunca uso mesmo, detesto! Nessa época passei a dormir pelado, nunca durmo vestido, seja em casa ou na casa dos outros, hotéis, no frio ou no calor, e se por acaso coloco uma blusa quando estou doente, quando acordo já estou sem.
Em 2005 quando cheguei à primeira vez em Paris, senti que encontrei o meu lugar, rsrsrs. Paris é uma cidade cheia de charme, gente bonita, e tudo o que se possa imaginar quando o assunto é sexo. Eu intercalava sempre as minhas idas as livrarias com idas aos sexshops, verdadeiros oásis para o prazer da carne. E foi justo em uma dessas visitas que eu me deparei com a arte do “ball stretching” pela primeira vez (traduzindo ao pé da letra “esticando o saco”, ou as bolas, se preferir).
Quase que num gesto compulsivo comprei-o e fui para uma mostra de vídeo que acontecia no Centre Pompidou, não me segurei o coloquei o objeto no saco dentro mesmo do banheiro do “beaubour”, pronto aquela era a peça que me faltava, a parte do meu corpo que sempre me fez falta, cheguei em casa com um lindo anel de aço cromado que na  época media apenas 275 gramas, logo duas semanas depois troquei por outro de 480 gramas, e atualmente uso um de 890 gramas.
É preciso dizer que pratico o estiramento do saco escrotal por fetichismo, senso estético e identidade  (as "mulheres girafas" de uma tribu na Tailândia alongam seus pescoços durante toda a vida com argolas por vaidade e para manter a identidade da sua tribu, eu alongo o saco escrotal com o intuito parecido, também me reconheço a partir dos meus habitos), faz parte mesmo de mim, uso vários acessórios diariamente, e durmo tranquilamente com os pesos sem acordar durante a noite.
Na Europa descobri também o “pamping saline scrotal (aplicação de soro fisiológico no saco), e aqui no Brasil a suspensão escrotal (técnica de suspender-se amarrado pelo saco), ambas técnicas “body modification”, que eu ainda não experimentei. Em breve meu cilindro inox passará a ter  1 k e 200g.
Seguem imagens:




Os homens da tribu Bubal (entre o Kenia e a Somália) desde crianças bebem a menstruação das vacas, acreditando que isso fará deles guerreiros fortes e valentes. Cientistas italianos descobriram que o sangue é rico em vitaminas B6, B12, E, D e uma série de outras fontes de energia.
No entanto, o curioso é que esses garotos depois da puberdade ganham testículos que medem entre 70 a 80 centímetros de diametro.

                

Então eu pergunto: a partir de que grau de "intervenção" passamos do humano para o monstruoso? Perguntem ao José Gil (pensador e filósofo português).