domingo, 27 de novembro de 2011


Ontem ele veio!
Me escreveu antes perguntando se poderia passar a tarde de sábado conosco. Bobo, como se precisasse me perguntar sobre isso, como se a nossa casa também não fosse dele.
Chegou de moto na hora do almoço, parecia um cavaleiro montado em seu cavalo selvagem.
Tomei banho, me enxuguei na frente dele de próposito, enquanto ele me observava sentado no balanço do alpendre. O deixei depois em seu banho e fui comprar feijão verde para nós três almoçarmos. Antes disso ele me avisou que iria ficar só de cueca, como se eu tivesse algum problema com isso, risos, não resisti, falei que ele poderia ficar pelado se quisesse, ele riu.
Enquanto eu saia, minha mulher chegava, eu sabia que ela iria ficar passada em entrar em casa e vê-lo saindo do banho só de cueca. `
É, parece que ele ainda é o único "cara". Nós gostamos de fato da companhia dele, nós três conseguimos ri, e falar bobagem junto como não o fazemos com mais ninguém.
Durante a tarde Wila dormiu no quarto de hospedes, enquanto eu e ele ficamos no meu quarto, deitados na minha cama, a cama em que um dia ele se "perdeu" conosco.
Como dois amigos, cheios de silêncios, eu completamente nu, e ele de cueca, ali conversando, mostrando um ao outro coisas em nossos computadores, vendo as últimas fotos feitas, e filmes de sexo.
Boa parte do tempo, essa situação é um tormento para mim, mas ontem foi tão tranquilo, eu não queria falar nada para ele, não queria dize-lo que o amo, acho que a minha cota de amor foi toda gasta pelo meu sentimento de perda com a minha tia. De qualquer forma fiquei acariciando os seus cabelos, olhando ele nos olhos, e como isso faz bem ao ego de macho dele, saber que outro cara se derrete, e o deseja até o fim. Quando eu estou enfim perto do homem e da mulher que amo, fico complemente bobo, é a minha parte leonina falando mais alto que a taurina.
Deitei em seu peito, e fiz algumas fotos nossas, ele apenas deixa, adora ser fotografado, nasceu para os holofotes, assim como eu.
Conversamos também sobre trabalho, ele bateu o martelo, vai retomar as fotografias de sexo que haviamos começado tempos atrás para um trabalho. As fotos são sobre a nossa  intimidade, leia-se: sexo + afeto. Elas serão parte de um projeto multi-midia que eu estou começando a construir, nós faremos muitas fotos juntos, e ele reviu as imagens já feitas, e me falou muito seguro do que quer, que eu posso usar todas, me disse que não tem problema com nenhuma, algumas imagens são pesadas, mas ao mesmo tempo muito bonitas.

Que eu seja forte o suficiente para não enlouquecer, sei como são essas coisas, sei muito bem o clima que fica no ar.
Eu o falei que quero levar um banho de mijo, ele topou, risos.


Sigo assim,
sem saber como isso vai acabar,
onde isso vai dar.
Enquanto isso,
ele torna-se cada vez mais próximo,
me sinalizando permissões em silêncio.


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