quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ontem foi uma noite muito difícil, e o dia de hoje também (chorei muito, wila também, ela me vê sofrendo com saudade de alguém, e acaba também sofrendo por me perceber tão destruído), é isso, esse é o sentimento, me sinto destruído por dentro.
Eu decidi matar alguém dentro de mim, antes que eu mesmo me mate. Não quero isso pra mim, eu não aceito mediocridade na minha vida, eu vim de um buraco chamado Antonio Bezerra, e eu já caminhei muito pra voltar atrás...



Acho que não ha nada a ser dito, pois sobre isso não ha nada mais a ser feito.
Você nunca voltará, e eu não consigo mais chegar até você.
Sei que muito amor ainda deve existir, sei que no fundo nos ama tanto quanto nós te amamos, mas não consigo mais sentir a nossa conexão, e como isso dói, como dói saber do teu imenso medo cretino, imenso medo de ser feliz sendo diferente do que essa porra de sociedade quer que seja.
Com você, ou sem você eu não temo nada, eu apenas sigo em frente. Mas com você...o meu mundo seria tão diferente, ele foi tão diferente...tão sensível, doce e delicado...por onde andará a senhora delicadeza que nunca mais me vizitou? Nossa, quanta saudade dela!
Eu não sei quem possa lê isso, eu de fato não me preocupo, eu escrevo apenas para mim, apenas porque não posso falar sobre, e essa situação me soa tão ridícula, é tão ridículo saber que um dia eu vou morrer sem as pessoas saberem que EU TE AMEI, como pode ser tão degradante o simples fato de amar alguém, que mal ha nisso, que mal eu estou fazendo??? No meu imenso coração pôde caber você e Wila, sem que nenhum ficasse com menos ou mais amor.
E eu não calaria por mim, nem por ela, calo apenas por você, pois só você ainda deve algo as pessoas.
E mesmo decidido a te enterrar, eu não sei por onde começar, eu não sei sequer se vou ter forças pra levantar todas as pás com terra.
Ontem eu e Wila ficamos conversando sobre você, supondo o que pensas, o que sentes...e até chorando. Nossa, como era bom quando estava aqui conosco, quando deixava a sua menina estúpida, o seu medo de errar (errar o quê?) e vinha conosco, como era bom!
Por você eu voltaria atrás pra onde quer que fosse, por vocês não haveria o que eu não pudesse fazer, por ela e por você não ha o que eu não faça. E agora nada serve de chão onde caiam as minhas lágrimas...



2 comentários:

  1. Todo amor, toda paixão é desmedida.
    Cada um tem o seu tempo, não adianta pedir para voltar, não adianta nada se a criatura não resolve de vez se instalar em seus corpos... Paciência. As escolhas são vastas e não temos como exigir que alguém entenda amores grandes nesse mundo podre em que vivemos.

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  2. fauller perto de seu coração selvagem..
    forte, leal e lindo texto

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