quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O ataque da lente má!

Para mim fotografar alguém é muito parecido com coreografar, só faço se o outro me desperta paixão, adimiração e confiança. Também acho parecido com fazer sexo, pois trata-se de um ato de entrega, eu me entrego em meu melhor, o modelo se entrega em seu melhor. Quando isso não acontece, a fotografia passa a ser desimportante, fadada a ser deletada, ou viver esquecida na minha gaveta virtual.
Ainda quero fotografar muitas pessoas, muitos amigos, pessoas bonitas, excitantes e pessoas de forte personalidade, sobretudo essas últimas, pois são as que melhor se relacionam com a objetiva, e as que ficam mais belas também, mesmo quando não são.
Eu amo de fato captar a imagen do outro, o espírito daquele momento, gosto da tentativa de captar exatamente o que cada um é. Para isso sempre deixo a coisa fluir, nunca crio grandes expectativas com ninguém, e cuido para que não criem em relação a mim. Fotografar é como comer alguém, você tem que querer muito, e se ela estiver receiosa, você tem que enganar, ir colocando aos poucos, e ir dando um ritmo bem gostoso... 

Daniel Pizamiglio

Wilenaina Barros

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