terça-feira, 31 de janeiro de 2012



A vida tem caminhos estranhos, tortuosos, às vezes difíceis: um simples gesto, involuntário, pode desencadear todo um processo. Sim, existir é incompreensível e fascinante. As vezes que tentei morrer foi por não poder suportar a maravilha de estar vivo e de ter escolhido ser eu mesmo e fazer aquilo que gosto — mesmo que muitos não compreendam ou não aceitem.

- Caio Fernando de Abreu in “Cartas”


Como disse Shakespeare de forma tão bonita: “Cada um desempenha o seu papel, e o meu é triste”.

Cornelia Funke in “Coração de Tinta”


Que a sua tristeza não era o morrer. Era o não saber terminar. Se ele aprendera tanta coisa, até a posar para a fotografia. Não sabia, contudo, posar para a morte. Que palavra, que rosto preparamos para esse momento final?

Mia Couto in “A Chuva Pasmada”


Olhamo-nos, hostis e impiedosos, à maneira daqueles que deixaram de se amar.

Rubem Fonseca in “O Cobrador”




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