terça-feira, 23 de novembro de 2010

Hoje eu amanhecí com o cão nos "couro", me sinto feliz, confuso, e vazio ao mesmo tempo, é uma sensação dilacerante. Vontade de sair e nem sei o quê.
Ontem cheguei de Manaus, foi uma viagem muito agradável, gosto daquela cidade, acho as pessoas bonitas e a cidade é acolhedora. Passei o dia dormindo, e no ínicio da noite uma coisa muito estranha aconteceu na minha casa.
Estava no pc quando um cara bateu no meu portão dizendo que precisava fazer uma entrevista comigo, ele era do IBGE, mas eu fiquei um pouco desconfiado porque já era 19h então fui com cuidado ao portão, não o abri, e começei a responder suas perguntas ali mesmo, ele me informou que já havia ido varias vezes na minha casa e estava sempre fechada, falei que estava viajando, e ele entendeu. No decorrer da entrevista percebi que ele não era um marginal, rs, e o convidei para entrar, ele agradeceu e aceitou, sentamos na área, e ele continuou, no meio da entrevista ele precisava de uma informação a respeito da minha mulher, a chamei e ela logo veio, contiunamos os três, a entrevista acabou e continuamos conversando...conversa vai, conversa vem, e nós não paravamos, de repente comecei a ficar bastante incomodado, ele era bonito, ingenuo, jovem demais, e inteligente demais, mas não era nada disso que me incomodava de fato, sabia que minha wila também estava atraída, sabemos um do outro só pela respiração.
Na verdade ele se parecia demais com o nosso cara, a forma de falar, de sorrir, e até o nome da namorada dele era Isabela, nossa eu fiquei meio atraído, meio deprimido, vendo aquele cara na minha frente falando toda a vida dele pra gente, se abrindo. Eu ficava pensando o que estava se passando pela cabeça da Wila. Ficamos conversamos durante umas quatro horas sem parar, parecia que ele ia acabar na nossa cama, até que ele enfim decidiu ir embora por volta das 23h, acho que se eu o convidasse para dormir na minha casa ele aceitaria. Não pegamos telefone, endereço, nada, ele apenas disse que depois voltaria para nos visitar. Ficamos totalmente chocados com ele, nos entreolhamos  e nos perguntamos: você viu? Nos respondemos: sim, ele é idêntico ao .....
Nossa, será que nós dois estamos projetando a imagem dessa criatura em outras pessoas? Que triste isso.
Hoje acordei mais uma vez disposto a esquecê-lo, gostaria de varre-lo da minha vida, mas eu não sei como, eu só espero poder fazer isso um dia, e que seja em breve. Quando isso for possível não haverá volta, nem seremos sequer amigos, pois nem um bom amigo ele consegue ser.
Acho que alguém me fez uma macumba pra eu amar tanto assim, só pode ser isso, e ele é certamente um demônio na minha vida...que precisa ser exorcizado, senão eu posso enlouquecer, me conheço bem.

Em mim cabe tanta dor e tanto contentamento, mas nem toda a felicidade que em mim possa haver nesse momento pode ser grande perto da que seria se você estivesse em nossas vidas.

Acordei com vontade de tomar uma "heineken", com vontade de mandar um príncipe que virou chato, as favas.


Um comentário:

  1. sei que não serve de consolo, mas esta história, narrada, embora se saiba real, produz episódios literários belíssimos.

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