terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A última dança do ano.




Amanhã farei minha ultima apresentação do ano. Dançarei "A Cadeirinha e Eu", e o meu único desejo continua ser de verdade, não mentir. Dançarei para algumas pessoas que amo, em pensamento, dentro de mim. A Cadeirinha e Eu é o forte desejo de tocar a "coisa" que insiste em cair dentro de mim.

Hoje fiquei pensando sobre a beleza das coisas, sobre o que as tornam realmente belas. Acho que esse ano que estar terminando tem sido um ano de grande crescimento espiritual para mim, eu tenho me conectado com outras coisas. 

Agora a pouco saí de uma reunião com a minha produtora; fechamos planilhas, cronogramas, levantamos orçamentos e planos de ações, ufa! E depois de tudo isso conversamos sobre o que de fato importa, conversamos sobre os afetos necessários para que possamos seguir vivendo, eu a falei muito do meu sentimento de perda e de amadurecimento com a morte da minha tia, há pouquíssimo tempo, ela era uma pessoa tão boa, tão humana que até depois de morta, me trás coisas boas. Falei também de um certo sentimento mais tranquilo que me toma em relação as duas pessoas que amo. Isso as aproximam de mim. 
E me deixa tão feliz! Tudo é uma questão de tempo, e de paciência. 

Saí da reunião com ela (minha produtora) quase chorando, ela é uma fofa, e é isso que me interessa: trabalhar, viver com quem me desperta afeto.

Amanhã dançarei a minha dança da alma, uma dança na qual não posso me esconder, é uma dança que revela muito, me dispo de alma ao som de Chopin.

Agora toca bem baixinho em minha casa, Adele, é, eu a tenho ouvido bastante, ando meio meloso, ando tão precisado de delicadeza, não me importa admitir! Quero me permitir a tudo! Quero passar por essa vida intensamente.

Hoje eu coloquei assim no meu status de facebook: 
Aprendendo a apreciar o silêncio e entender as possíveis presenças, mesmo quando elas parecem não existir. Existem sim! Eu sou um homem que acredita até o fim.

Hoje, eu dormi abraçado com a minha amada, e ontem eu recebi o email que tanto esperei "dele". O email dizia: como seria bom passar o natal ou reveillon com vocês e com a minha família,  como seria bom irmos todos aí, ou se vocês viessem pra cá. 


Enquanto eu penso na vida, "neles", na minha dança, e em todas as coisas, a Adele continua no som.






Foto: Alex Hermes


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