quinta-feira, 24 de março de 2011


E hoje o mundo amanheceu mais feio, sem a devastadora beleza dos "olhos cor de violenta" de Liz Taylor.
Eu me sinto tocado como se uma nota altíssima saísse da garganta de Maria Callas em direção a uma taça de cristal finissima. Quebrando-a. Jogando ao chão o pesado lustre de cristal da sala de jantar.
É o belo que se vai, que se esvai em morte, em estilhaço.
O tempo distrói tudo, e toda beleza vira pó.



E Elizabeth Taylor traduziu isso em seus olhos, em seus diamantes, em sua louca forma de viver, e de amar tantos homens.
Em sua forma de saber que apenas um foi de fato amado até o fim.



Ai, como eu queria ter um anel de diamantes, para rasgar a cara do homem amado em um momento de fúria. Dizem que corte de diamante nunca mais fecha, mesmo depois que cicatriza.
Imagino quantas vezes ela tentou mata-los com seus diamantes, e quantas vezes foi jogada ao chão, em puro drama, pura dor. Que amores calhordas!

Elizabeth Taylor é a bela lembrança que o tempo vai demorar a transformar em pó.

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