domingo, 12 de setembro de 2010

Jovem tarde de domingo


Tarde turquesa em Fortaleza, dessas de domingo onde o céu parece que vai explodir que tão azul, um azul escarlate. Muito sol, e nada quente, um vento forte típico em Fortaleza nos meses de agosto e setembro. São 14h, acordei pela manhã, reguei as plantas:  as trepadeiras, as minis palmeiras e as samambaias da varanda, como alguém consegue viver sem samambaias? Sem uma boa música e sem um bom vinho? Ou no caso de um dia como esse, sem uma boa cerveja estupidamente gelada?
Lavei minhas roupas, enquanto ouvia um bom samba, sim, porque além de um bom jazz e o melhor da música eletrónica, eu adoro um bom samba como parte da melhor música do mundo, a nossa MPB.
Então na vitrola, Noel Rosa, Erivelto Martins, Elza Soares, Beth Carvalho, e depois seguiu um monte de gente boa...agora quem reina absoluta é a endiabrada Cássia Eller e Luis Melodia, não sou grande fã dele, mas junto da Cássia, amo.
Enquanto isso lá fora o céu finalmente explode em tons de azuis, tão alegres que chegam a me contagiar, não me dando espaço para pensar no que me mata de tristeza nesses últimos tempos.
Moro a mais ou menos umas oito quadras da praia, e honestamente nunca fui a essa praia, confesso que nunca senti curiosidade, moro no Ceará e chego a passar seis meses sem ir a praia, o que me consola é saber que mesmo não vendo o mar sempre, ele está aqui pertinho, e só em saber que ele é logo ali, o meu coração já fica tranquilo. Ah! E ainda posso vê-lo no percurso da minha casa para o meu trabalho, é uma visão de encher os olhos, passo para o trabalho enquanto vejo os surfistas deslizando sobre as ondas, as vezes fico com inveja, uma puta inveja branca!
Quando morei em Paris, e me sentia solitário, sempre ia sentar as margens do Sena, acho que era uma forma de me conectar com o que eu sou. Por mais cosmopolito que eu seja, por mais que me sinta seduzido pelo eixo Paris-Berlim-Amsterdam, eu sempre vou ser um homem do mar.

Abaixo, o céu em quatro tons da minha "mega-vila-metrópole" que eu amo e odeio, Fortaleza:


5 comentários:

  1. Sabe o que é gostoso nesse seu texto? É que enquanto eu leio eu me enxergo aí no seu cantinho com você, ouvindo a Beth Carvalho (que também adoro), nessa pasmacera gostosa de domingo. Seu texto é visual, dá pra ver as coisas, dá pra se enxergar nele. Já te disse que admiro essa sua versatilidade. O mpb convive pacificamente com o jazz e a música eletrônica. Muito agardável passar aqui nesse finzinho de domingo. Quantos as fotos do seu texto de ontem muito lindas. Cliquei em todas e admirei todas. Mais uma vez, você chamando a atenção com suas fotos perfeitas. Parabéns. Te deixo um beijo, e desejo uma boa semana.

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  2. Tenho esse mesmo sentimento para com o Mar... Não sei explicar, ou até sei, minha mãe falou que quando meu umbigo caiu ela jogou no Mar, ela disse que era para eu ficar protegido, não entendia bem, só com o passar do tempo fui entendendo essa ligação. Morei um bom tempo longe do Mar e todos os dias lembrava que o mar existia que e quanto ele me fazia falta. Voltei a pouco tempo, me reaproximei do mar, ainda não olhei para ele, mas eu sei que ele está perto, que ele faz parte de mim e eu dele... Beijo

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  3. Recentemente mandei um prêmio chamado Prêmio DARDOS para quinze blogs que eu sigo. A escolha foi tão difícil, fiz com ajuda de uma amiga.
    (Maurileni) Ela me perguntou: Para quais pessoas vai vai entregar? Adivinha qual era o primeiro blog? O seu! Só que de imediato ela cortou o meu barato...
    -Não meu querido, você não pode dar o DARDOS pro fauller porque eu já dei... Me deu uma raiva adolescente na hora. Eu sou sempre o último a saber das coisas! Beijo.

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