Quatro performers em cena pontuando as interferências do corpo com seu ambiente. O corpo entendido como uma mídia que avança por acelerações, rupturas, diminuições de velocidade, desmembrando, constantemente, uma nova roupagem. “De-vir” propõe intensificar esses movimentos ondulatórios engendrando a idéia de um novo design, que pode re-compor a disposição e a ordem dos elementos essenciais que compõem as estruturas físicas de uma pessoa.
L'APRÈS MIDI D'UN FAULLER (2009-2010)
Europeizado e/ou antropofagizado? Decalque e/ou mapa? Como ser e/ou não ser um brasileirocearense? O Pequeno Príncipe e/ou Iracema? Marcel Duchamp e/ou Zé Pinto? Deslocamentos multiculturais de resistência artística que fazem da obrapesquisa L’après midi d’un Fauller (o entardecer do Fauller) uma dança política e poética que constrói no corpo e na cena possíveis soluções coreográficas e performáticas.
INC. (2005-2010)
Boquinhadagarrafa bioplastia jeans taninos macarena bodymodification albumina sexovirtual helmutnewton caseína fitness messenger bulimia Barbie Ken t-shirtbranca anorexianervosa coca-cola dançadascachorras alongamentopeniano sweetdreams glutamina alargadoresdeorifícios net madonna cérebroemdrágeas pornografia allstar overtrain palmítico piercings dançadabundinha pop-art linamarina wheyprotein elvispresley moda anabolizantes betacaroteno tatuagens célulasmusculares marilynmanson aminoácidos turbinadas peptídeos coletesortopédicos funk esteáricos suplementosalimentares INCorporações.
ÓBVIO (2008)
Coletivo sem fala.
Pensar em conjunto a estrutura de movimento, colocar em cena o indivíduo em movimento, tirá-lo da performatividade confortante é o que Óbvio procura em seus 43 minutos de duração. O projeto dialoga com temas contemporâneos de coletividade. Em cena, cinco pessoas tecnicamente preparadas, todos trabalham individualmente com dança e se percebem ocupando a mesma cena. Quatro solos são estruturados, quem não sola é quem comanda. Mas quem sola recebe corporalmente idéias e gestos comandados. Temos em questão a execução de trajetórias pessoais estruturalmente guiadas. Em que momento a poética individual se mostra?
Já disse, suas fotos são artísticas e muito bonitas. Obviamente o modelo ajuda, mas além disso, elas são expressivas. E por que não dizer sensuais? Parabéns. Um beijo.
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