quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sobre o meu blog


Há algumas semanas atrás eu estava me perguntando sobre por que manter um blog, se eu mesmo não faço questão de divulgá-lo, estava com a sensação de vir dialogando com poucas pessoas, e enfim depois de pensar bastante sobre, eu me dei conta de que o propósito dele (o blog) e meu (o Fauller) é justo ser encontrado por acaso, se assim for possível.
Quero essa possibilidade, pois isso me torna livre na web (como na vida) para ser quem eu quero, e como quero, sem compromisso com quem quer que seja (embora ainda assim com responsabilidade), me visita quem deseja, aqui nem eu nem os meus leitores temos obrigação de fidelidade, de grandes juízos de valores, de discursos morais entediantes, ou de parecer cool, poético e político (aliás, isso parece que virou uma praga na net, de repente parece que todo mundo é poeta, muita poética e pouca política, e eu não dou conta de ler poesia de quinta).
Quase como uma leitura de pensamento, ou muito por acaso, de repente comecei a ouvir várias pessoas comentando sobre o blog, pessoas que eu sequer imaginaria que pudessem descobri-lo, ouvi de tudo, desde que ele é divertido (isso mesmo, achei isso tão divertido também) até que ele é como uma droga, vicia (e dá-lhe crise de abstinência nos dias em que ele não é lido, também achei isso muito bom).
E então acho que esse é de fato o papel desse espaço na minha vida, ser um local onde posso organizar as minhas idéias e dividi-las com os mais curiosos, com os mais observadores, justo aquelas pessoas que conseguem tirar proveito muitas vezes do que está por trás de aparentes frivolidades, eu me questiono muito sobre o conteúdo desse espaço (em como alimentar diálogos, desviado-me sempre que possível de questões demasiadamente recorrentes em nossas rodas de formadores de opinião).
Constantemente eu me pergunto por que colocar tantas fotos me expondo, e coisas que às vezes nem considero ter valor artístico, a escrita dos textos também é outra coisa bastante inquietante, quando revisito o início do blog, tenho vontade de sair deletando uma série de posts rsrsrs, mas acho importante manter certa tranqüilidade em relação a tudo isso, o meu amadurecimento também passa por aqui, e esse exercício de me desnudar íntimo e publicamente, passa necessariamente por todos esses pequenos desconfortos que às vezes são gerados, em mim e no leitor.
Talvez o famoso grafite de rua feito em Paris em 1968, seja uma boa resposta para essa e outras indagações geradas a partir do meu blog:
             “A arte está morta, liberemos nossa vida cotidiana”.

2 comentários:

  1. Eu voto na permanência do blog. A internet está carente de espaços como o seu.

    bRu.

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  2. você leu o que eu escrevi esta semana ou nos comunicamos por osmose?

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