segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tecido Afetivo


De que recursos dispõe uma pessoa ou um coletivo para afirmar um modo próprio de ocupar o espaço doméstico, de cadenciar o tempo comunitário, de mobilizar a memória coletiva, de produzir bens e conhecimento e fazê-los circular, de transitar por esferas consideradas invisíveis, de reinventar corporeidade, de gerir a vizinhança e a solidariedade, de cuidar da infância ou da velhice, de lidar com o prazer ou a dor?
Que possibilidades restam de criar laço, de tecer um território existencial e subjetivo na contramão da serialização e das reterritorializações propostas a cada minuto pela economia material e imaterial atual?

Texto de Peter Pál Pelbart


Usado na introdução do livro Tecido Afetivo (por uma dramaturgia do encontro), livro este que reune material do encontro de mesmo nome organizado pela Companhia da Arte Andanças (Ceará) em 2010.


Nenhum comentário:

Postar um comentário