sábado, 3 de abril de 2010

A Cópula

Depois de lhe beijar meticulosamente

o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,

o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:

culhões e membro, um membro enorme e turgescente.



Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,

Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.

Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se

E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente



Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"

Grita para o rapaz que aceso como um diabo,

arde em cio e tesão na amorosa gangorra



E titilando-a nos mamilos e no rabo

(que depois irá ter sua ração de porra),

lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.

Manuel Bandeira

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