Sempre disse: eu tenho problemas com gente burra!
Burra pra mim, entenda-se, é uma pessoa que tem preguiça de pensar além do óbvio, uma pessoa que não quer sair do lugar, mesmo quando existe alguém do lado dizendo: vamos, te dou a mão!
Pois é, eu cai justo na cilada de amar um homem burro. E isso me mata dia à dia.
Pra variar a mulher que eu também amo (com todas a minhas forças) também tem preguiça de pensar (não vou ter a deselegancia de falar outra coisa).
Ontem eu fui dormir aos pedaços, e hoje não acordei diferente, mas vou terminar o meu dia diferente, ah, isso podem ter certeza!
Pois bem, por acaso, abro uma matéria online, e lá estava ele estampando uma página, em fotos de um velho trabalho meu. Eu quis morrer, gritar, bater , espeniar. A maldita matéria fala sobre o orgulho da familia dele por ele ser bailarino e não ter virado gay!
Minhas fotos, imagens que eu criei com o meu suado trabalho, agora servem para ilustrar matérias homofóbicas, veladamente homofóbicas, de um pasquim de quinta categoria.
Escrevi para o jornal imediatamente, acusei a matéria de ser rasa, e pouco esclarecedora (ela trata a coisa como opção sexual, e não orientação sexual, pode uma coisa dessas?).
Uma matéria tão fuleira, que não tem nem o nome do "jornalista" que a fez. Que tipo de "jornalista" será este?
Tenho as minhas dúvidas, mas sei que mesmo sendo fuleira, uma matéria como esta pode sim mudar todo o curso de pensamento de quem ainda sequer consegue pensar com as próprias pernas, rs.
Rio pra não chorar.
Escrevi pra ele logo em seguida.
Eu estou cansado, cansado, muito cansado! Eu dou murro em ponta de faca todos os dias. E eu estou relamente cansado de ser burro junto.
Eu não preciso mais dizer tanta coisa, acho uma pena a tendencia que as pessoas que eu amo têm para a decadência. Basta eu deixa-las pelo meio do caminho, quando canso, de fato, para elas perderem a forma, casarem com um escroto qualquer, ou com uma piranha de beira de praia, se encherem de filhos, e acabarem as suas vidas. Isso me dá um desespero, mas não posso levar o mundo nas costas.
Eu preciso é casar com um arquiteto parisiense, focado, culto, etc. Só pode ser. Mas eu não tenho interesse por isso, se tivesse já o teria feito.
Eu não posso escolher quem amo. Como escolho quem tá perto de mim. E essa é grande tragédia da minha vida.
Agora, depois do email que enviei, ele vai me punir: vai sumir da minha vida por mais um ano, vai silenciar mais uma vez.
FODA-SE AGORA!
Tô cansado de querer agradar, de querer conquistar.
Melhor usar o que me resta de lucidez, e ir à acadêmia, depois vou ler um bom livro, ir à praia.
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