Nem todas as sociedades partilham de uma mesma noção de arte. Uma discussão infindável dentro da antropologia da arte corresponde exatamente em saber o que elecar como arte. Para entender um objeto como artístico, Marcel Mauss pressupõe a arte como uma busca pelo belo, pautada em noções de rítmo, equilíbrio e contraste, resgatando da filosofia clássica a idéia da estética como uma ciência do sensível.
Mas a visão da arte sujeita ao belo não faz mais sentido visto que a própria arte contemporânea não se submete a tal sujeito. O surrealismo, o cubismo e o expressionismo há tempos desconstruíram noções de rítmo e equilíbrio. E a arte conceitual veio nos livrar dos vícios da fruição estética, mostrando que o conceito prevalece sobre a forma e o movimento.
Trecho do texto de Juliano Gadelha ( bacharel em Ciências Sociais e mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará, e pesquisador do Laboratório de Antropologia e Imagem - LAI).
Fonte Jornal o Povo 08/ 11/ 2009
Eu acho que o bacana é justamente como a arte consegue acolher as várias vertentes, vai do sagrado ao profano, do grotesco ao belo. Isso a torna plural, isso permite o diálogo. Isso é arte.
ResponderExcluirVeículo.
ResponderExcluirEsta é minha definição de arte.