quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

GENTE EU QUIS DIZER ÓLEO DE CÔCO, E NÃO ÓLEO DE COCÓ!
kkkkkkkkkkk, aff, foi um erro besta, mas o suficiente para quem leu não ter entendido 
nada sobre o que falei, perdão. kkkkkkkkkkkkkkkk

Receitas da vovó


1- Banha de galinha com limão para as crises de garganta, tem que ser morna, e esquentada diretamente na colher direto para a boca (tomei demais isso);

2- Mastruz com leite para afrouxar o catarro;

3- Compressa de mastruz com  leite para cicatrizar ferimentos;

4- Banho de alfavaca para curar morrinha;

5- Colocar o umbigo crescido da criança em uma rodinha feita em um pé de sapoti, ou jenipapo (não lembro direito), o umbigo logo encolhe ao seu tamanho natural;

6- Lambedor com mel de jandaíra (é o melhor expectorante natural que existe, tomei demais);

7- Leite de janaguba (combate tumores, furúnculos, artrites e ainda funciona como laxante);

8- Banho de assento de aroeira (minha avó fazia isso para as mulheres que tinham acabado de parir na minha casa, era para cicatrizar. Então fica a dica para as amigas que magoam muito a coisa por aí);

9- Óleo de côco para hidratar os cabelos (putz os cabelos ficam podres, mas depois de lavados, o brilho é intenso);

10- Mastigar um cravo para passar dor de dente, ou colocar um pequeno chumaço de algodão com perfume (o dente fica dormente);

11- Banho com melão-Caetano (é uma espécie de mato rasteiro) para curar curuba (as crianças ainda hoje pegam curuba?);

12- Reza forte com galho de peão para tirar o mau olhado;

13- Água com açúcar quando a criança cai e fica nervosa;

14- Apertar com uma colher a testa da criança, quando ela cai e fica um galo (nossa como isso doía);

15- Fazer o dever de casa e decorar a tabuada com ela para se livrar de faze-lo com a mãe (risos);

16- Bolacha Maria, ou biscoito champanhe com guaraná Wilson quando ficava doente (eu vivia doente);

17- Chá de erva-cidreira para acalmar e conseguir dormir;

18- Raspa de casinha de leão para curar papeira, também para ela não descer para os ovinhos (acho que é um isentinho que faz umas casinhas na parede);


Minha avó era uma mulher branca, mas com hábitos completamente indígenas. Foi maravilhoso passar por quase todas essas experiencias ao lado dela, eu senti no corpo o quanto todas elas são eficazes e certamente mais saudáveis que  medicamentos industrializados.

Juntos nós também passávamos horas no quintal alimentando as galinhas, os pavões, os passarinhos, ou de cócoras catando minhocas para os peixes betas, ou ainda regando o jardim ao lado da quadra na velha casa grande em que vivi toda a minha infância.

Saudade da Josefina Freire de Freitas!

Ela era também uma mulher muito elegante (adorava brincos e colares de pérolas, blazer, e broches de brilhantes) , tinha também um senso competitivo apuradíssimo, era uma mulher forte e delicada ao mesmo tempo. Como uma matriarca deve ser. Tudo girava em torno dela enquanto viveu naquela casa.
E parece que até hoje ainda é assim, quanto vou lá para visitar as pessoas da minha família, percebo que pouca coisa mudou, o quarto dela continua da mesma forma, tudo em seu devido lugar.
Aí eu durmo na cama dela, uma saudade tão boa quanto a sua presença forte em minha vida.


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Para mim faz sentido ser artista quando penso que sou também um bom provocador.


Já são quase duas da manhã.
Muitos dormem;
outros assistem a entrega do Oscar.
De repente me veio você no pensamento, eu estava olhando umas fotos de algumas pessoas que se amam, e então eu me dei conta de que você deve estar em algum lugar do mundo com alguém que não sou eu.

E isso me coloca de frente para essa dor que eu carrego comigo;
ela é a maior de todas as dores: a dor dos seres fortes!


sábado, 25 de fevereiro de 2012

O incrível mundo de Chris Cunningham


Alguns vídeos de um dos diretores que mais admiro na linguagem do áudio visual.











quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012



Hoje eu e a minha amada Wila experimentamos um pouco de felidade tão...Dessas que a gente só encontra em horinhas de descuido. Compramos um pequeno "cavalete" e fomos para o quintal apreciar o fim da tarde. Nos perdemos podando, varrendo, catando as folhas secas prestes a cair dos pés de bouganvilles.
Em um determinado momento eu olhei para aquilo tudo, o céu tornando-se dourado, as plantas viçosas após uma semana de chuva,  nós dois nus (eu no alto da escada com a tesoura de jardineiro, e ela em baixo por vezes me fotografando, noutras varrendo), e eu me senti tão feliz por esse momento tão simples.
Às vezes regar as plantas junto do nosso amor é tudo o que precisamos, não é?


De 13 escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro,
6 têm o Nordeste como assunto.
Por que será, hem?
Eu respondo: porque a cultura do Nordeste é forte (e rica) demais! Foi daqui que saíram os grandes artistas: cantores, realizadores e pensadores desse país.
É difícil engolir isso, né? Mas é fato!




Coloquei este post na minha página do Facebook dias atrás, e logo um amigo respondeu:

- não só isso, a nação, a colônia nasceu aqui, e esses pretendentes a fascistas teimam em ignorar o fato histórico, a cultura, o berço.

Aí eu passei a fazer uma série de ligações, passei a pensar tanta coisa que vem sendo amadurecida em mim em relação a política e em relação a toda a idéia de colônia.

Eu não o respondi de imediato, não queria ser leviano, ou parecer desarticulado. Fui para a cozinha: tomei café, lavei o restate da louça do almoço, fui até o quintal varri as folhas caídas dos pés de bouganville, e voltei:

Falei para ele que as relações colonizadoras existem em cada um de nós, dentro e fora do Brasil, e que não é preciso atravessar o oceano para que estas relações tomem forma. Basta termos a oportunidade de estabelecer qualquer relação de poder com alguém mais forte ou mais fraco que a gente, e logo a coisa tá feita.

Completei ainda com dois exemplos a respeito do meu trabalho:

Exemplo 01:

Há quatro anos, eu estava em um festival em Minas, na mesa no momento do jantar eu pedi uma cerveja, a curadora do festival se virou para mim e indelicadamente disse: eu não vou pagar a sua cerveja! É claro que eu respondi na lata, ali mesmo na frente de todo mundo, mas além da deselegância dela o que ficou mesmo, ainda mais claro para mim, foi a diéia de pensamento colonizador daquela pessoa, pela forma , e pela ocasião em que isso foi dito. A partir dalí eu percebi que não bastava só apresentar bem o meu trabalho, era preciso também saber me colocar poiticamente, saber do meu discurso, e principalmente, saber defendê-lo com propriedade. Os anos se passaram, e eu tenho estado atento a forma como estas relações de trabalho/políticas também, se constroem e se desenvolvem Ceará/ Brasil a fora.

Exemplo 02:

Em 2007 após a apresentação de estréia do "Produto de 1ª", dois "portuguezinhos infames" chegaram até mim e falaram: muito bom o seu trabalho, é muito inteligente para um brasileiro! E ai eu respondi: na verdade ele é muito inteligente pra quem foi colonizado por portugueses!
É, parece que quem um dia foi colonizador ainda quer pensar como tal.


Entendem onde quero chegar? Com isso eu não quero dizer que aqui é bom lá é ruim. Eu tenho muitos amigos em todas as partes do Brasil, me correspondo com pessoas de toda parte do mundo, ainda mantenho contato com vários amigos na Europa, e aquilo lá também diz respeito a mim, eu já sou um pouco de todo canto. Isso tudo é apenas para dizer que eu estou atento aos clichês que somos diariamente convidados a fazer parte. Não podemos generalizar portugueses, nem cearenses, nem mineiros, nem nada!
Mas o pensamento colonizador estar presente dentro e fora do Brasil, enraizado em cada um de nós.

Vamos ler um pouco de Milton Santos, Darcy Ribeiro... Jogar no chão o nosso complexo de Iracema, de Xica da Silva.

Antes eles nos davam 'espelhinhos', agora nos dão folosofia! Wagner Schwartz.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Arquitetura do desejo - 04 (fio dental masculino)


Nunca pensei na vida em reunir tantas imagens de homens usando sungas e cuecas fio dental. Sempre gostei  desse troço, acho bonito e sexy. 
Aqui no Brasil não é nada popular entre os homens, ainda há muito preconceito, homens relacionam logo com homossexualidade, o que é uma bobagem, não tem nada a ver com preferência sexual, e sim com estilo de vestir e de vida. Quem usa fio dental, quer sentir-se livre e com a auto-estima em cima.
Na Europa ao contrário é bastante comum, os homens (mesmo os héteros convictos) adoram (eles frequentam as praias com suas mulheres e filhos vestidos assim). 
É possível encontrar (strings) como são chamadas lá em qualquer loja de departamento, como na C&A, por exemplo que as coloca a venda ao lado das cuecas boxe e slips, detalhe: elas são da marca Ângelo Litríco, a famosa marca da C&A. A Calvin Klein também faz strings incríveis. 
Quem dera termos essa escolha aqui, é, infelizmente os homens aqui são bem pudicos quando o assunto é o próprio corpo e o gosto pessoal. Parecem nunca pensar na estética, só na funcionalidade, e isso é tão chato. Imagina ver alguém usando um String na praia, nem sonhando!!!
Certa vez comprei um em Paris no caixa do super mercado, normal assim, entendem?
Comecei a usar string por causa do balé, precisava segurar os testículos nas aulas, e acho bonito malha sem marca de cueca, aliás bailarinos, marca de cueca sob a roupa nunca, é horrível! 
Tomei gosto porque deixam as minhas pernas mais alongadas, deixam a bunda melhor desenhada na calça, e acentuam o volume da rola. Prefiro as bem básicas, sem enfeites, sem detalhes, e que não lembrem lingeries femininas (depois de tudo isso não precisa depilar a bunda, né?).
Também tenho cuecas comuns (embora nunca use, e jockstraps (aquelas cuecas com duas ligas nos lados, que você fica com o rabo de fora, adoro e tenho várias).
Pois bem, enquanto o Brasil vive mergulhado em machismo tanto por parte dos homens como por parte, pasmem, das mulheres, na Europa é possível sentir o frescor dos ventos nas praias mais badaladas e frequentadas pelos descolados e famílias.

Uma confissãozinha: certa vez, tinha acabado de começar a dançar, fui em um babado, isso mesmo, e lá fiquei com um cara, quando fomos trepar, tirei a roupa e tratei  de tirar bem rápido o meu suporte (é assim que chamamos na dança), mas ainda assim ele viu, então me perguntou: cara o que é isso? Você tá de calcinha??? Falei pra ele: não, é claro que não! E expliquei o que era. Então o safado pediu para eu por de novo, fiquei meio sem graça (eu ainda era um menino de 19 anos). Para a minha surpresa o safado pirou, ele disse: nossa, que coisa mais excitante cara... Afastou a tirinha para o lado, e me executou ali mesmo, em pé, encostado na parede. Aquilo foi tão gostoso, nunca pensei, rs. 
Pra finalizar ele falou: putz, que bunda gostosa cara, é melhor do que a da minha noiva.
























































Este último sou eu zoando na estrada com alguns amigos, estavamos indo a um show.