quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um pouco sobre "A Cadeirinha e Eu"



Acordei as 06:30h da manhã. Deveria estar dormindo, me recompondo, pois tetrei um dia longo, meus dias andam longos, cheios de anseios.

Mas acordei com a diaba da cadeirinha na cabeça, e tem sido assim; durmo, almoço, choro, trepo e acordo com ela na cabeça.

Uma das minhas primeiras lembranças de algo de dança é a de uma mulher baixinha, cabelos longos, corpo tipo violão, dançando e toda se contrcendo com uma cadeirinha, ela fazia caras e bocas ao som de Lorena Mckennitt (é o novo). E aquilo foi tão forte que passaram-se mais de 15 anos, e continua sendo forte.

Não sei ao certo se a "cadeirinha" era a protagonista, ou mera codjuvante do talento daquela mulher que a embalava como uma criança. Mas a única coisa que eu não tenho dúvidas é de que já não se separa mais uma da outra, para todo o sempre elas estarão ligadas. Por mais que eu e mais todos os bailarinos da cidade, do mundo decidam fazer suas releituras, suas homenagens (sim porque quando uma morrer, usaremos a outra para falar do quanto ela foi importante).

Tanta coisa me vem a cabeça, queria poder escrever um texto lindo, mas se ele for sincero já tá valendo.

Lembro tanto de mim quando vejo o trabalho que já existe, e quando tenho que pensar sobre o que tenho a fazer... Lembro de quando cheguei ao teatro aos 15 anos, já passaram-se 18. Lembro da minha ingenuidade, da minha fome de querer o mundo, dos meus longos cabelos ...

Eu cresci e amadureci como pessoa, como artista, como bailarino vendo "A Cadeirinha e Eu", e agora terei de dança-la, como dança-la? Como tocar em algo que foi referência para mim durante tantos anos?

Eu ainda gostaria de voltar pra cama e poder dormir, eu preferia não pensar na bienal de dança, nem em compor um novo sucesso, não trata-se disso. Acho que vou apenas continuar ninando as minhas idéias, ninando as minhas lembranças, ninando 'ela mesma' ao som do mar.



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